Hoje escrevemos um pouco sobre a crise na Itália, na Europa, no Brasil e sobre aquela grande pergunta: vale a pena mudar-se para a Itália?
A pergunta faz sentido, pois a Itália foi um dos países europeus mais atingidos pela crise de 2008. Mas, mais que isso: ela ainda é um dos países que mais sofrem. Foram 6 anos de recessão, e agora, reformas. Mas qual foi o resultado prático disso? A Itália ainda está em crise? Qual é o tamanho da crise italiana?
Quando pensamos em crise de algum país longe de nós, raramente nos damos ao trabalho de comparar com outras ocasiões, como a nossa, de nosso Brasil, após anos de má administração.
O que é a crise na Europa
Façamos um breve apanhado: a crise imobiliária que explodiu na maior economia do mundo, os EUA, atingiu o mundo todo com a desconfiança de crédito, de credores e de investidores. O dinheiro sumiu, ficou mais difícil, e os países contraíram dívidas imensas para tocar suas economias. Os países mais frágeis economicamente da Europa, diga-se, ricos baseados em especulação, pagaram um preço mais caro por tudo isso. Foi o caso dos PIGS, como foram chamados, nos últimos 6 anos, os mais atingidos pela crise mundial: Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha. Os números destes países foram assustadores, em especial no caso da Espanha e da Grécia, epicentro de tensões mundiais este ano.
No caso da Itália, terceira maior economia da zona do Euro, terminou-se 2013 com os seguintes dados: 132% de dívida pública em relação ao PIB, 13% de desemprego, e rescessão de 1.9% do PIB.
Interessante dizer aqui: crises econômicas na Europa raramente se transformam em crises sociais. Trataremos disto a seguir…
Mas o que acontece na Europa? Na crise?
Quando a Europa entra em crise, ela reforma. Isso acontece em países sérios, embora a Itália tenha dificuldades para administrar a corrupção em seu governo. Você sabe quais são os dados para este ano, da Itália?
O PIB irá crescer. Prevê-se um crescimento de 0.6%, o que é pouco mas é uma excelente notícia após anos de recessão. O desemprego, está em 12.4, e prevê-se queda ainda este ano. Veja: a Europa evolui.
A fortíssima Alemanha irá crescer 1,9%. A França, 1.1%. Dos PIGS, temos excelentes notícias: Espanha crescerá 3,6% e a Irlanda 2,8%. Portugal e até Grécia têm previsão de alta. Resultado: o desemprego aos poucos vai perdendo força. E a estabilidade venceu. Os países têm infraestrutura e condições de se reformarem e adaptarem.
Crise social?
A crise faz desempregados, mas não faz marginais. A crise na Europa não atinge a educação, a saúde, segurança pública. A crise na Europa é diferente. Você não a sente, a não ser economicamente. A natureza social europeia é muito evoluída, e os paises zelam por seus povos. Mas a parte mais importante, é que os povos zelam por seus paises.
As regiões da Itália frente a crise
Na Itália, apesar de seu pequeno território, existem duas realidades diferentes. Basta comparar o norte e o sul do país e você verá que a Itália tem um parque industrial, tecnológico e criativo muito forte ao seu norte, onde encontramos as cidades de Turim e Milão, enquanto seu sul é claramente menos desenvolvido. E os números do norte da Itália, são excelentes.
Mostramos: A média da Itália é de 12.4%. Mas na província de Napoli, cidade GIGANTE ao sul da Itália, a taxa é de 25.9%. Já na província de Milão, a taxa é de 7.8%. Há outras cidades relativamente grandes com bons números! Veja províncias de baixo desemprego na Itália, aqui:
E o Brasil?
Bom, o Brasil vai mal. Rebaixado em notas de avaliações internacionais, com o dinheiro inflando e valendo cada vez menos no câmbio internacional, em recessão e com o desemprego crescendo, o Brasil não está legal. O desemprego chegou a 7.9% em maio deste ano. Mas você pode contar com o aumento para mais de 10% em pouco tempo.
Outro exemplo: O desemprego na região metropolitana de São Paulo, onde moram 20 milhões de brasileiros, é de 13.2% (fonte). É um panorama assustador o nosso maior polo econômico enfrentar um desemprego tão alto!
O maior problema, porém, é a crise social que sempre vem junto com a econômica. Não que algum dia já tivemos uma educação, saúde ou segurança pública de qualidade, mas esses aspectos se deterioram graças aos oportunistas que administram estas questões. Greves e corrupção aumentam, e o povo afasta-se do sonho de um país mais justo. O Brasil é um país inseguro, o dinheiro vai comprando cada vez menos, o brasileiro vai ganhando cada vez menos. O empreendedor vai empregando cada vez menos gente, e a saúde pública, segurança e educação seguem do jeito que é, para pior.
Se nos compararmos com o mundo, deixamos de ser um país em desenvolvimento. Nós estamos em decadência e precisamos reverter a situação. Na Europa, você terá saúde, educação, segurança e infraestrutura de qualidade a sua disposição. E, como você pode ver, oportunidades profissionais. Até mesmo na Itália!
Vale a pena mudar-se para a Europa? Você mesmo deve avaliar, em meio a outros diversos fatores. O que queremos dizer é que esta é certamente uma escolha de vida tremendamente válida.
